A gente já sabe que dia 4 de Abril vai rolar o lançamento da campanha no Catarse para a publicação do livro “H. H. Holmes – o 1º serial killer americano” pela Editora Urso, uma tradução inédita da autobiografia escrita pelo assassino e publicada em 1894.
Sendo assim, o pessoal da editora preparou uma série de textos com várias curiosidades sobre essa figura terrivelmente interessante.
Já postamos aqui sobre o porque existiam tanto roubos de cadáveres no século XIX, e também sobre Serial Killers, além do texto oficial de lançamento da campanha.
Hoje, dia 1º de abril, conhecido como o dia da mentira, é claro que não poderíamos deixar de falar dele, afinal um estelionatário tem por definição ser um grandessíssimo mentiroso!
Por que “Holmes”?
Para poder pagar o curso de medicina, o ainda Herman Webster Mudgett, passou a roubar esqueletos e cadáveres, desfigurá-los e desmembrá-los para então revender a laboratórios e outras universidades. Mesmo depois de formado, casado e exercendo função como educador da área médica, os problemas em elevar seus ganhos realimentaram o vício pelas fraudes. Ele abandona a família e foge com uma amante. Realiza um seguro de vida e busca incessantemente uma forma para forjar a própria morte. A melhor possibilidade era utilizar um corpo “fresco” para o sucesso de seu plano: assim engana um antigo colega de faculdade, o envenena e desfigura lhe o rosto para contornar as investigações. O veste em suas roupas e com seus documentos, facilitando a identificação às autoridades que o encontrassem e se desfaz do corpo. Tentando evitar a exposição dos esquemas prévios, passou a assinar com pseudônimos e, logo antes de se mudar para Chicago, autodenomina-se Henry H. Holmes.
Apesar da consideração que ele era um fã dos livros de Doyle, e por essa razão adotou o sobrenome do grande detetive, fontes indicam que a cronologia desse fato é praticamente impossível. Um Estudo em Vermelho, o livro de origem de Sherlock, é publicado em novembro de 1887 em terras inglesas e só recebe a devida notoriedade pelas continuações em 1891. Enquanto isso o médico e farmacêutico já era conhecido por Dr. Holmes em meados de 1886 no continente americano. Ao que parece, existe outra fonte de inspiração para o notório assassino: Oliver Wendell Holmes, nascido em 1809, era um doutor e professor conhecido das Faculdades de Medicina de Harvard e de Paris. Provavelmente, enquanto cursava o ensino superior, Herman Mudgett teve conhecimento do brilhante profissional que existia no estado vizinho ao que nascera e, por coincidência, Conan Doyle, conhecera a mesma figura pelo seu status de professor e escritor na época de fontes parisienses. Entretanto, dificilmente, poderia se dizer que o contrário aconteceu e o Professor nunca tenha lido nem os jornais com as atrocidades, nem mesmo o romance policial.